Depois do ocorrido com a nossa princesa Hope, nos sentimos na obrigação de passar essa informação para os papais e mamães de pets.
O carcinoma cutâneo de células escamosas é um tipo de câncer que pode acometer a pele de cães e gatos e que também pode ser chamado de espinocelular ou epidermóide. Os nomes podem parecer estranhos, mas esse tipo de tumor costuma ser relativamente comum em animais domésticos, correspondendo a aproximadamente 20% dos tumores de pele nessas espécies.
A principal causa do carcinoma de pele é a radiação solar. Os branquinhos são os mais acometidos e apresentam mais chance de desenvolver esse câncer do que animais de pelagem colorida, mas se o seu bichinho de estimação é colorido com algumas partes brancas, como focinho e orelhas, as chances de desenvolver o câncer são as mesmas daqueles com pelagem toda branca. As regiões mais comuns de desenvolvimento do carcinoma são aquelas desprotegidas dos pelos, ou seja, ponta das orelhas, focinho, lábio, pálpebras e região entre os olhos e as orelhas.
Os raios ultravioletas causam lesões acumulativas na pele, portanto animais mais velhos são os mais acometidos, pois tiveram maior tempo de exposição ao sol do que mais jovens. Alguns dos sintomas são vermelhidão, feridas, crostas e úlceras graves, podendo haver ou não sangramento. A metástase no câncer de pele é muito comum. Na maior parte das vezes, o tratamento é cirúrgico, mas cirurgia não é garantia de que mais pra frente o câncer não volte a se manifestar. Quanto menor o tumor, maior a expectativa de vida após o diagnóstico, portanto leve seu pet ao veterinário ao menor sinal de lesão de pele.
O câncer de pele em animais domésticos não precisa ser necessariamente uma doença fatal, como muitos pensam. Hoje em dia o câncer tem tratamento. Se ele for diagnosticado no estágio inicial, as chances de cura e sobrevivência são muito grandes.
A melhor forma de prevenção é proteger seu animalzinho do sol, especialmente entre as 10 e 16 horas. Se não é possível controlar o animal o tempo todo longe do sol, já existe no mercado protetor solar para animais podendo ser utilizado também protetores infantis que tem uma durabilidade maior.
Lembrando que cães e gatos não sintetizam vitamina D através dos raios solares, ou seja, não justifica que eles se exponham ao risco de desenvolver câncer de pele.
Nossa Hope tinha apenas 5 anos e sofreu MUITO ao tratamento como vocês puderam acompanhar devido ao diagnóstico tardio. Como nossa pequena viveu esses 5 anos exposta ao sol nas ruas diariamente, não conseguimos vencer o câncer mesmo após a quimioterapia e a cirurgia devido as metástases. Infelizmente não pudemos salvá-la, mas podemos alertar sobre os riscos da exposição solar e proteger dessa forma através da informação outros animais vulneráveis como ela, uma vez que animais de pelagem toda branca são muito procurados para adoção, mas a maioria das pessoas não imagina o cuidado que animais com esse tipo de pelagem necessita.